Como nosso ensino tradicional de Língua Portuguesa privilegia o estudo da gramática normativa, muitos que estão se preparando para prestar um concurso público com provas escritas imaginam que os diversos acertos nas objetivas de português serviriam como parâmetro para lhes dizer também o quanto sabem escrever.
Mas isso é uma falácia, pois o que se cobra em questões objetivas de português envolvendo análise de texto está, em geral, muito (muito!) aquém do trabalho linguístico-cognitivo que se requer para a interpretação dos enunciados das provas dissertativas, bem como para a escrita de textos de qualidade. Fora que estamos falando de duas atividades diferentes: escrever e marcar ‘X’. Marcar ‘X’ no lugar certo requer, em geral, memorização do conteúdo, prática de resolver questões e compreensão do que se pede, em uma atividade repetitiva e, a depender do certame, quase mecânica; a escrita de um texto dissertativo é beeeeem mais complexa.
Minha sugestão para que você evite se frustrar: trate com igual seriedade o estudo para marcar ‘X’ e aquele para escrever. Inclusive, uma preparação adequada para escrever pode ajudar também na hora de você escolher uma alternativa.