“Mamãe, eu queriO…”
As falas das crianças nos surpreendem, nos passam rasteiras, nos questionam. Elas estão cheias de honestidade, de percepções surpreendentes, de intuições filosóficas, de questões teológicas, de verdades existenciais, de críticas à vida adulta, de sentimentos, de poesia (Rubem Alves).
Veja esta preciosidade:
O filho, de 4 anos, diz para sua mãe:
- Mamãe, eu queriO…
A mãe interrompe e diz:
- Filho, não é queriO, é queriA.
- Mamãe, eu sou menino! Menino não fala “obrigadO?”, e menina não fala “obrigadA?”. Então, eu queriO, responde o filho com expressão facial de quem dizia para sua mãe que ela não sabe das coisas.
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Mais uma:
A tia queria explicar para a sobrinha, de 3 anos, que Deus quer morar dentro das pessoas. A sobrinha, rapidamente, solta uma gargalhada irônica e desconfiada, dizendo:
- Então quer dizer que nós somos uma casa!?.
Falas inesquecíveis como essas precisam ser registradas, não é mesmo? Obrigada, Ana Carolina e Regina Maria, por compartilharem as falas de seu filho e sua sobrinha, respectivamente.
Outras falas também estão registradas no livro “Me dá o teu contente que eu te dou o meu”, organizado por Cristina Mattoso, Editora Verus. A leitura é deliciosa!
sou eu diz:
julho 17th, 2009 para 1:03 pm
Até que é massa. Sou a primeira pessoa a escrever que maaassa!!!
AnaCarolina Brasil diz:
julho 22nd, 2009 para 5:08 pm
Há alguns anos meu filho mostrou-me que realmente estava sendo alfabetizado, e com sucesso.
Estávamos meu marido, minha filha, meu filho e eu brincando de adedanha, uma brincadeira muito comum aqui no nordeste. Deveríamos então falar palavras diferentes com a letra “e”. Quando estavam se esgotando quase todas as palavras do vocabulário das crianças, Aninha, minha filha disse “escrivaninha!!”, logo após seria a vez do meu filho, André, e ele muito contente gritou “escrivandré!!”.
Quando li seu comentário lembrei-me logo desta passagem feliz. Agora Aninha está com quase 13 anos e André com quase 10, mas as boas recordações que as crianças nos proporcionam são eternas.
Carla Pereira diz:
julho 27th, 2009 para 10:49 pm
Olá, Ana Carolina!
Que bacana a sua experiência. Obrigada por compartilhá-la conosco. Possamos divulgar mais o que nossas crianças fazem de maneira tão inteligente, não é mesmo?
Abração. Carla.